quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Atividade

A proposta era criar uma atividade de um dia, para uma determinada idade/série escolar, e aplica-la em uma escola. As principais dificuldades que surgiram para mim nessa atividade foram:
1- eu não sou nativa da região, não sei que escola posso invadir e dizer "oi! posso aplicar uma atividade?"
e 2 - é claro que pensei em algo que duraria um período inteiro.
a minha idéia inicial era fazem com que os alunos pensassem perguntas ou trouxessem curiosidades sobre um determinado tema, e em cima disso, desenvolver a aula. Mal sabia eu que minha "idéia revolucionária de ensino" (quanta prepotencia) era a base do pensamento cientifico! É claro que a idéia foi guardada com carinho para uma atividade posterior, então, posto aqui o esqueminha dessa proposta!

Inicia-se com uma PERGUNTA ou curiosidade;

existiram CERTEZAS PROVISÓRIAS e DUVIDAS TEMPORÁRIAS;

cria-se um PLANO DE BUSCA (livros, internet, especialista...);

com as respostas, cria-se uma SINTESE.

Respondeu a pergunta? Não? Repita o processo novamente!


Mas, novamente, essa atividade demanda TEMPO, muito tempo, um periodo todo! Então, com muito esforço...pensei em uma pequena atividade de um dia. Lembram da (terrível) botânica? E das Mono e Dicotiledônias?

Bem, elas são duas variações das Angiospermas (as plantas que tem flores e frutos, e predominam no ambiente terrestre). Entre elas há diferenças (folha com "cabinho", nervuras paralelas, raiz axial ou fasciculada, numero de petalas ou sementes, e todas essas coisas que você tem arrepios e pesadelos só de lembrar).
Acontece que para esse tipo de classificação, a visualização é essencial para entendermos do que estamos falando. E já que tem tanta planta na rua pra ser vista, porque não uma aulinha prática?

Diferença entre Mono e Dicotiledônias





(A) - Dicotiledônia. (B) - Monocotiledônia.



MONOCOTILEDONIAS




DICOTILEDONIAS



A atividade em si, penso, não tem nada de complicado: divide-se a turma em grupos de até 5 integrantes. Cada grupo ganha 2 plantas diferentes e, baseados nas informações sobre essas plantas, tentam classifica-las como monocotiledonias ou dicotiledônias.
Existe a intensão de acompanhar uma breve explicação sobre a história das plantas no ambiente terrestre, diferenças microscopicas na estrutura celular (se permitir a boa vontade do meu professor de anatomia vegetal..), entre outras coisas bem bacanas (de repente, comunicação entre as plantas e fisiologia vegetal. Sabia que as plantas "conversam" entre si?).


A idéia é que os alunos saiam da atividade vendo as plantas com outros olhos, deixando de ser algo chato e cheio de nomes e sim algo vivo, com seus órgãos, comunicações, métodos de sobrevivência, diferenças e classificações.

sábado, 30 de abril de 2011

Experiências

A mais importante que eu tive, como aluna....

Foi mais ou menos assim:
A Biologia no meu colégio, láááá em Sampa, capital, era divida em duas: Uma, mais celular e genética, dada pela professora que será citada no próximo tópico; Outra, botânica e zoológica, dada por uma professora um tanto perua, cheia dos diminutivos e....bem.... Eu não detestava ela, mas era bem indiferente.
A coisa toda se deu quando eu recebia as notas nas provas: incrívelmente eu nunca ia bem na matéria da primeira, por mais que eu gostasse (ela era uma carrasca e meio que se orgulhava disso, era um lance tragicômico, sabe?). E mesmo sem estudar um nada, as notas nas provas da outra professora eram sempre boas.
Assim eu descobri que a biologia era mais do que uma paixão inspirada por uma professora admirável, mas quase um instinto vindo de mim. Descobri que era por aí que eu queria ficar mesmo (e o fato de eu ter querido medicina como profissão por dois anos no cursinho deve ser ignorado, muito obrigada.).



Quem foi o professor mais importante e interessante que marcou a sua vida. Por que ele ou ela foi tão importante? O que você aprendeu com ele ou ela e guarda no seu coração?

Essa professora de biologia, a primeira citada no tópico anterior, marcou, de fato, a minha vida. Primeiro por sua paixão por ensinar: Ela fazia doutorado em genética ou alguma coisa molecular da vida, numa grande universidade, e mesmo assim, queria dar aulas. Muitas vezes ela nos dizia que os colegas de laboratório dela perguntavam "por que estudar tanto pra dar aula e ensino médio?", mas era o que ela gostava de fazer, e eras isso.
Depois, porque ela era incrívelmente incrível! Parecia um personagem, era super diferente, tinha toda uma postura imponente e...Assustadora! É sério! Eu a via nos corredores e tinha um meeedo dela, e essa postura séria foi confirmada em sala de aula. Mas acho que, pra jovens de 15 a 17 anos, ser tratados como pensadores ativos e criativos era o máximo, ela nos exigia ciência e isso era inspirador! E me fez amar a ciência.
O que aprendi com ela e guardei no coração é que...a vida vai além de ser professor, e não deve se limitar a isso. E acho que ninguém deve se limitar ao fatalismo de nenhuma profissão, seja ela qual for. E ela ter sido doutora e professora ao mesmo tempo me fez ver que eu posso seguir as duas áreas sem medo, ou fazer mais coisas da vida além daquilo que dirá meu diploma. Então, posso ser professora, cientista, desenhista, pintora, leitora, e tudo o que eu quiser ser. Acho que "ilimitar a minha pessoa" foi a lição maior.

E isso tudo merece um extra:

Quando eu me encontrar com ela novamente, o que direi?

Antes mesmo de "oi", serão essas sete palavras aqui:
"Trabalhei com molecular e foi um PORRE!!!"

E depois bater um papo enorme sobre como a vida deu tantas voltas!



E por que, raios, ser professor ou professora?

Bem..é simples:
"é uma sublime missão"
Clichê, meloso, mas é verdade. Afinal, você será uma influência - quer queira ou não - e a coisa toda se dá no que você vai fazer com esse poder em suas mãos. Já dizia o tio do Peter Parker (também conhecido como Homem-Aranha) que "Grandes Poderes vem com Grandes Responsabilidades", e ser responsável pela criação de um indivíduo crítico e pensador é uma coisa linda de se ter como trabalho, ou não é?
Sem falar naquele papo de "mudar o mundo pela educação". Outro clichê, e outra verdade também! Se queremos ver o mundo diferente, temos que ensinar de forma diferente, criar um pensamento diferente e abrir portas! E esse é o nosso papel!


E Como Quero Ser?

Apaixonada pelo que faço. Se somos infelizes no que fazemos, os resultados são infelizes também.

E o que quero evitar?

Além de bem... a influência sair do meu controle e de repente o que eu disser vire verdade absoluta e dogmática - o que é mal pra todo mundo!
Não quero ficar assim (por favor, adicione aqui um grito bem horrível de filme de terror, ao ver a imagem, pode ser?):



Aaaaai creeeedo. Ninguém merece a "professorinha", de verdade!

quinta-feira, 14 de abril de 2011